PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E AO CÂNCER DE MAMA

A prevenção ao câncer de mama só pode ser feita após a sua conscientização, apenas compreendendo mais sobre a doença, você pode buscar ajuda, se informar e examinar, portanto, trouxemos informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A detecção precoce por meio de exames regulares, como a mamografia, pode aumentar consideravelmente as chances de cura.


Quais são os principais sintomas para ficar atenta?

Como realizar o autoexame?

A psicoterapia e o tratamento de câncer

Além disso, é notável a mudança em relação aos seguintes comportamentos:

1. Gerenciamento de ansiedade e depressão: o diagnóstico de câncer de mama pode gerar um intenso sofrimento emocional, levando a níveis elevados de ansiedade, depressão e medo da morte ou recorrência da doença. A psicoterapia, pode ajudar as pacientes a identificar e reestruturar pensamentos negativos, promovendo uma visão mais realista e positiva da situação (Faller et al., 2017).

2. Desenvolvimento de estratégias de enfrentamento: a psicoterapia auxilia as mulheres a desenvolver estratégias saudáveis para enfrentar o estresse físico e emocional do tratamento, como a quimioterapia, radioterapia ou cirurgias.

3. Fortalecimento da autoestima e identidade: a perda parcial ou total da mama, mudanças corporais e efeitos colaterais como queda de cabelo podem afetar a autoestima da mulher. A psicoterapia oferece um espaço seguro para que essas questões sejam trabalhadas, promovendo a aceitação corporal e a reconstrução da identidade após essas transformações (Schmidt & Andrykowski, 2004).

A violência doméstica e a saúde mental

Além dos cuidados com a saúde física, a mulher deve estar atenta à saúde mental e emocional, especialmente no contexto da violência doméstica.

Estudos indicam que a violência doméstica afeta negativamente a saúde psicológica das vítimas, podendo levar a transtornos como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático (Pico-Alfonso et al., 2006). A identificação precoce dos sinais de abuso, que incluem comportamentos controladores, agressividade verbal e isolamento social, é essencial para a proteção da mulher.

A violência pode ocorrer de diferentes formas, dentre elas: física, psicológica, sexual ou patrimonial, e reconhecer esses sinais é o primeiro passo para interromper o ciclo de abuso.

Mesmo nesse cenário de insegurança e medo, é fundamental que você busque apoio profissional e pessoal para sair dessa situação. Atualmente existem organizações de apoio, como os centros de referência à mulher e linhas de assistência como o “180”, no Brasil, são recursos importantes para quem enfrenta violência doméstica.

Além disso, a criação de redes de suporte entre familiares e amigos pode ajudar a romper o isolamento imposto pelo abusador (Guedes et al., 2016).

Os principais sinais de violência contra a mulher e como buscar ajuda

A violência contra a mulher pode ser de forma física, emocional, comportamental ou econômica. Confira os tipos mais comuns de violência e seus sinais:

1. Violência física: a agressão física é a forma mais visível de violência e inclui tapas, socos, chutes, estrangulamento, queimaduras ou qualquer outro tipo de agressão que cause dano físico à vítima. Sinais podem incluir:

Lesões visíveis como hematomas, cortes, fraturas, ou queimaduras.
Uso frequente de roupas que cubram o corpo, mesmo em clima quente, para esconder ferimentos.
Histórico de múltiplas idas ao hospital ou consultas médicas com explicações inconsistentes sobre os ferimentos.

2. Violência psicológica/emocional: essa forma de violência inclui ameaças, humilhações, xingamentos, manipulação e isolamento da mulher. Sinais incluem:

Baixa autoestima e insegurança.
Comportamentos de medo ou submissão ao parceiro, especialmente em público.
Isolamento social, com a mulher se afastando de amigos e familiares.
Mudanças bruscas de humor, ansiedade ou depressão.

3. Violência sexual: ocorre quando a mulher é forçada a manter relações sexuais sem consentimento, incluindo abuso sexual dentro de um relacionamento. Sinais podem ser:

Medo ou repulsa em relação ao parceiro, especialmente em situações íntimas.
Lesões na área genital ou sinais de abuso sexual.
Ansiedade ou retraimento após interações íntimas.

4. Violência econômica: envolve o controle financeiro e a privação da mulher de recursos financeiros, impedindo sua independência. Sinais incluem:

Controle excessivo sobre os gastos e finanças da mulher.
Proibição de trabalhar ou estudar, limitando suas oportunidades de autonomia financeira.
Falta de acesso a dinheiro ou bens, mesmo em situações de necessidade.

Esses sinais podem ser sutis no início, mas tendem a se intensificar com o tempo. Reconhecer esses comportamentos é fundamental para identificar a violência e buscar ajuda.

Mulher, previna-se!

Cuide de você e da sua saúde mental

A interseção entre a prevenção do câncer de mama e o enfrentamento da violência doméstica ressalta a necessidade de promover o bem-estar integral da mulher.

O cuidado com a saúde física, através da prevenção ao câncer, deve ser acompanhado de uma atenção às condições que afetam sua saúde mental e emocional, como a violência doméstica.

Combinados, esses fatores têm um impacto profundo na qualidade de vida das mulheres e, portanto, são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas que as protejam e empoderem em todas as esferas da vida.

Pico-Alfonso, M. A., Echeburúa, E., & Martínez, M. (2006). The psychological consequences of intimate partner violence against women: A review of the data from a psychosocial perspective. Aggression and Violent Behavior, 11(6), 560-577.

Guedes, A., Bott, S., Garcia-Moreno, C., & Colombini, M. (2016). Bridging the gaps: a global review of intersections of violence against women and violence against children. Global health action, 9(1), 31516.

Faller, H., Schuler, M., Richard, M., Heckl, U., Weis, J., & Küffner, R. (2017). Effects of psycho-oncologic interventions on emotional distress and quality of life in adult patients with cancer: Systematic review and meta-analysis. Journal of Clinical Oncology, 35(19), 216-225.

SÉRIES >> NETFLIX

MAID

Inspirada no livro de memórias de Stephanie Land, a série retrata uma mulher que foge de um relacionamento abusivo e trabalha como empregada doméstica para sustentar sua filha, enquanto reconstrói sua vida.

SELF MADE

Minissérie biográfica sobre a vida de Madam C.J. Walker, a primeira mulher negra milionária dos Estados Unidos, que construiu um império de cosméticos superando a pobreza e o racismo.

FILMES

Livro: Eu Sou Malala – Malala Yousafzai

A autobiografia da jovem Malala, que sobreviveu a um atentado do Talibã por lutar pelo direito das meninas à educação no Paquistão, é um relato inspirador de coragem e determinação.

Livro: Sobrevivi…Posso contar – Maria da Penha

Autora que sofreu uma cruel, dolorosa e covarde violência. Maria da Penha oferece sua história como uma forma de contribuir com transformações urgentes, pelos direitos das mulheres a uma vida sem violência.

Carolina Alves Quintino

Psicóloga | 08/13621

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